Nunca tive a vida fácil, tudo que tenho, todos os lugares por onde andei e tudo que alcancei, foram méritos de esforços e passos medidos dia-a-dia, com o cuidado de uma pessoa cheia de sonhos e que mesmo tendo que adiar, ou ve-los ainda tão distantes, não desiste. No meio disso tudo às vezes me sinto perdida, é nessas horas que vem uma necessidade enorme de me reencontrar, me permitir, me reescrever. Sim! Eu quero ser pelo menos metade de tudo aquilo que desejo ser. Todos os dias acordo querendo ser uma pessoa melhor, melhor para mim e para os outros. Meu jeito me agrada, mais somos cobrados a agradar aos que nos rodeiam. Mesmo que isso não me faça tanta diferença assim.
Todas as vezes que me auto-avalio, me vejo sendo exposta a experiências novas, e por não temer, todas as vezes paguei um preço. Ah! Que culpa tenho eu te ser essa pessoa atrevida, que ate dúvida, balança, fica estarrecida, mas vai ate o fim. Sou julgada com palavras e vou lá e provo com atitudes.
Perdi amigos, fui mal interpretada, mudei algumas atitudes, troquei a balada pelo aconchego de casa, sofri, e com os dias, fui vendo que eu precisava abrir mão de tudo aquilo que me prendia em um lugar que não era meu, para poder me reencontrar de verdade. Sozinha eu não estou, apenas convivo melhor comigo do que com metade das pessoas que estiveram ao meu lado fisicamente, e que na verdade quando eu precisei estiveram longe.
Tudo muito diferente, e ai veio Deus e colocou outras pessoas, outros ideais, outras vontades, outros princípios no meu caminho, para que ali algo novo nascesse. E mais uma vez chegará a hora de me reencontrar.